ERA UMA VEZ O CINEMA


Um Dia de Cão (1975)

cover Um Dia de Cão

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País: USA, 125 minutos

Titulo Original: Dog Day Afternoon

Diretor(s): Sidney Lumet

Gênero(s): Biografia, Crime, Drama, Suspense

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
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8.0/10 (229759 votos)

DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA

PRÊMIOS star star star star star

Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA

Oscar de Melhor Roteiro Original (Frank Pierson)

Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra

Prêmio de Melhor Ator (Al Pacino)

Prêmio de Melhor Edição (Dede Allen)

Festival Internacional de San Sebastián, Espanha

Prêmio San Sebastián de Melhor Ator (Al Pacino)

Prêmios David di Donatello, Itália

David Especial pela Produção (Martin Bregman, Martin Elfand)

Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles, EUA

Prêmio de Melhor Filme

Prêmio de Melhor Ator (Al Pacino)

Prêmio de Melhor Direção (Sidney Lumet)

Círculo dos Críticos de Cinema de Kansas City, USA

Prêmio de Melhor Ator (Al Pacino)

Grêmio dos Roteiristas da América

Prêmio de Melhor Drama escrito diretamente para o cinema (Frank Pierson)

Sinopse: Um Dia de Cão é daqueles filmes que marcam o cinema. Construído a partir de uma história real, de um assalto frustrado, com uma narrativa aparentemente simples onde tudo acontece entre o banco e a rua em sua frente. Mas, feito com um apuro tão grande, por atores tão competentes e com uma direção segura, que nos envolve, nos encanta e faz mesmo ser daqueles filmes inesquecíveis.

Em 1972, dois ladrões de primeira viagem tentam assaltar um banco no Brooklyn. Era para ser uma ação rápida, mas tudo parece conspirar para não dar certo. Primeiro, o cofre está vazio, segundo, eles se atrapalham na retirada dos caixas, chamam a atenção com uma fumaça indevida e acabam cercados por mais de duzentos policiais. Suas únicas chances estavam nos reféns que mantinham com eles, mas aquilo não poderia mesmo durar muito tempo. Acompanhamos com atenção o desenrolar de tudo isso.

Os dois ladrões são Sal, interpretado por John Cazale, um homem mais introspectivo que só se manifesta para pedir que a imprensa desminta que ele seja homossexual. E Sonny, interpretado por Al Pacino, o líder da ação, que teria feito tudo aquilo para conseguir dinheiro para que seu namorado Leon pudesse fazer uma operação de mudança de sexo. A forma como os dois vão conduzindo a situação chega a ser hilária. Atrapalhados, mas querendo demonstrar ter o controle da situação, eles vão dando ordens ao gerente e às funcionárias, mas logo tudo se mistura. Eles se preocupam com o porteiro que tem asma, o gerente diabético, a moça que quer ir no banheiro, a fome e calor que começam a atormentar todos.

É um jogo de diálogos ágeis e situações bem orquestradas que nos envolve mesmo não saindo do lugar. Um filme relativamente longo, com pouco mais de duas horas, mas que não nos faz sentir o tempo passar exatamente por essas estratégias tão bem articuladas. E o mais interessante é que não há uma única música para compor cenas.

A banda sonora se resume aos sons ambientes e diálogos, o que poderia deixar tudo ainda mais cansativo. Há um diálogo entre Al Pacino e Chris Sarandon, que faz o Leon, mesmo no telefone que tem mais de dez minutos e seguimos envolvidos, até pela forma como já estamos cúmplices daquele personagem.

Sonny sabe como nos envolver e nos ganhar. Assim ele faz também com a opinião pública ao seu redor. Em determinado momento do filme ele pede para que os policiais se lembrem de Attica. Sonny começa a gritar: "Attica, Attica" e é seguido pela multidão que já se aglomera na frente do banco para ver o desfecho de tudo aquilo.

A referência é à um massacre que ocorreu um ano antes em um presídio que resultou em 39 mortes, por causa da imperícia da polícia. Há um jogo político de denúncia aí, mesmo que não haja uma ligação direta. Ele apenas queria garantir que a polícia não iria invadir o banco, nem tentar algo mais brusco, enquanto os reféns corressem perigo. Então, se aproveita da memória recente da população para levá-la para o seu lado.

É interessante como o filme vai nos dando pequenas doses de situações a serem pensadas como quando o porteiro é liberado e quase morto pelos policiais por ser confundido com o bandido. Será que é por ele ser negro? Ou será mesmo porque Sonny disse que só tinha reféns mulheres?

A forma como Sidney Lumet joga com a tensão, escolhendo bem os enquadramentos em que conta a história é fundamental para que possamos seguir observando tudo aquilo. A personagem de Penelope Allen gritando, "ele é um refém, ele é um refém", em um canto da tela, por exemplo, sendo segurada por Sonny, enquanto diversos policiais algemam o porteiro com armas em sua cabeça.

 

Elenco: